segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Um pensamento Aberto



Escrevo com um instinto animal,devoro cada palavra e degusto cada alívio de pensamento,ajo irracionalmente,em busca daquilo que realmente preciso,a necessidade ultrapassa qualquer lógica ou lei.É absolutamente incrível como as palavras tem total domínio diante daquilo que queremos de fato expressar.São as únicas capazes de dizer aquilo que os nosso lábios não conseguem dizer e que somente os nossos pensamentos conseguem fluir,e então,nos prendemos em palavras aprisionadas em nossa própria mente e viajamos em nosso próprio pensamento.
Nada como libertar a mente e deixar se levar por tudo...
Meus pensamentos andam tumultuados,perdidos,bagunçados.Já não sei mais o que pensar,como se eu tivesse algum controle ou domínio disso.
Eis que me sinto incapaz,e queria não pensar em nada por um instante,simplesmente parar por um instante,e quando eu voltasse á tona,eu pudesse começar tudo de novo,só que desta vez,com mais confiança,acreditando mais em mim,acreditando naquilo que eu deixei perder,não que eu quisesse,mas tinha que abandonar para poder seguir.
Eu sei que não consigo me expressar de forma compreensível o bastante,talvez isso esteja no bom entendedor,mas talvez não exista niguém que queira entender.
Muitos poderiam me perguntar o que tanto penso,o que tanto tenho dúvidas, do que tanto tenho medo,mas nada adiantaria,pois eu mesma me faço constantemente as mesmas perguntas,e sempre tenho uma resposta diferente para elas,noutros momentos,nem tenho resposta alguma,e me prendo ao silêncio,como se ele pudesse responder por mim,como se tivesse uma voz ativa que fosse capaz de expressar o que de fato sinto.
A grande verdade de tudo,é fico por aqui,jogando meus pensamentos,coisas que qualquer um diria ser ''sem sentindo'',na realidade podem ser mesmo,mas isso nada mais é que um alívio para mim,da qual posso me ver livre de mim mesma,de meus próprios medos,de minhas próprias angústias e de minhas próprias frustações.
Escrevo como quem quer voar,livre como um pássaro,leve como um pluma,não me importando ao que os demais irão pensar,ao que os demais irão me taxar,essa sou eu,um tanto singular e um tanto complexa,no entanto,não pedi para que ninguém pudesse me entender,pois esta talvez seja algo que não tenha entendimento,bastando apenas,querer me sentir.
Existem momentos dos quais,tudo que precisamos é praticar a arte do falar,o puro e simples ato de lançar um som audível,mas me refiro ao da compreensão.É sempre assim,uns falam,falam e não tem nada dizer,querem dizer qualquer coisa,falam por falar,outros já não são bem assim,observam,escultam,tentam dizer,pensam no que que devem dizer e nada dizem ,privam-se de abrir seus sentimentos,por puro medo ou por algum motivo bem simples:não querer dizer nada!
De fato,somos marcados,não a todo instante,mas por alguns momentos,que por mais que sejam rápidos,quase inpercepitíveis,são capazes de mudar totalmente o rumo de nossas vidas.Querendo ou não,isso causa um certo espanto,na total significância da mesma,acontece que são exatamente esses momentos que fazem parte da história de cada um,com suas particularidades e singularidades.
Escrevo com intuito de aliviar a minha alma,poucas coisas se passaram em minha vida,mas de todas que passaram ,todas tiveram seus marcos que fazem ser o que sou hoje.
Machucada,ferida,com cicatrizes eu sei que posso estar, aos poucos, o brilho do meu olhar,o meu sorrizo,o meu fervor,a minha vitalidade vão se dissipando,se degradando ,oxidando cada partícula de mim mesma,morrendo aos poucos é o que sinto,e é o que na realidade acontece.Vou me perdendo, me achando,fico sem saber quem na realidade sou,e como uma forma de proteção,me fecho a mim mesma,me privando de tudo,até mesmo da minha felicidade,pois sei que a mesma sempre virá acompanhada de algum sofrimento ou dor.
Perco-me em palavras,dizendo o que nem sempre eu gostaria de dizer, dizendo o que eu supostamente sinto,ou penso que sinto; mas assim como um rio que nunca deixa de fluir,seguindo seu fluxo natural,algumas vezes com uma correntesa forte,noutras horas,branda,mas que nunca para; e segue seu percurso ,em busca de algo maior,num lugar onde poderá desaguar,num encontro de mim com mim mesma,misturando as minhas diversas formas de ser.

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